skip to main |
skip to sidebar
Pelo muro acima vai uma formiga
Com uma mão na testa e outra na barriga
Pelo muro abaixo vai um escaravelho
Com uma mão na barriga e outra no joelho
( Desconheço o autor)
.

As formigas do mel usam uma variedade de trabalhadoras, chamadas repletes, como vasos vivos de armazenagem de alimentos. Elas recolhem néctar de plantas ou o fluido excretado por outros insetos que se alimentam de néctar, e alimentam as demais trabalhadoras com isso. As repletes se abastecem até que seus abdômens se distendam em tamanho muitas vezes superior ao normal, o que as impede de se mover. Ficam penduradas do teto das câmaras de alimentação e distribuem alimento por regurgitação às demais formigas, nas temporadas de seca, quando comida e água são escassos. Existem diversas espécies de formiga do mel. Vivem no sudoeste dos Estados Unidos, no México, na Austrália, na Nova Guiné e em partes da África.
Essa espécie transfere seus formigueiros a cada duas ou três semanas. São encontradas principalmente na África e na América tropical. Diversas espécies são encontradas no sul e sudoeste dos Estados Unidos. As formigas legionárias são predadoras, e suas tropas de busca de alimentos são conhecidas por exterminar insetos, lagartos e pequenos animais. O ferrão das legionárias é muito venenoso, e são conhecidos casos em que mataram galinhas e animais maiores. As legionárias se dividem entre diversos tipos diferentes de trabalhadoras, entre as quais soldados. As formigas soldado são maiores do que outras trabalhadoras, e têm mandíbulas fortes e dotadas de ganchos.
As formigas legionárias são nômades; seus movimentos se relacionam ao desenvolvimento de sucessivas ninhadas. Quando os ovos estão sendo postos e depois se tornam larvas, a colônia se mantém imóvel. Ao longo do período, a geração evolui de pupas para adultos. O formigueiro todo então se transfere ao próximo local, por meio de um túnel construído pelas trabalhadoras e coberto de folhas. As larvas são transportadas ao novo local nas bocas de algumas das trabalhadoras.
As fomigas não dormem e começam a trabalhar tão logo tenham nascido. Perto delas, os japoneses seriam considerados um povo que trabalha pouco.

E dizer-se que não tens nervos, ó nervosa
ó vibrátil, sutil, minúscula formiga!
Dizer que não tens alma! E haverá quem o diga,
se o teu exemplo toda gente o imita e glosa?!
Tão pequenina és tu, e, astuta e laboriosa,
arrastas uma folha — e a arrastada te abriga...
E o requinte que pões em roer o grão de espiga?
E a perícia em bordar as pétalas da rosa?
Passas, eu me pergunto onde o melhor motivo:
se — Atlas — erguer nas mãos e nos ombros a Esfera,
se — formiga — arrastar um ramo nutritivo;
Ou — sonhador que a própria angústia retempera —
dia e noite viver, qual dia e noite vivo,
ao peso imaterial de uma triste quimera...
Hermes Fontes
Muro cinzento coberto de musgos
dia nublado, garoa, frio.
Em bando, pássaros brancos
cortam o céu.
Por sobre o velho muro
em fila, formigas negras
carregam folhas.
Lentas, precisas, agourentas.
Sentinelas do portal talvez...
Lá dentro, implacável silêncio.
A vala preparada à espera.
Olhos úmidos, abraços
mãos apertadas.
Velhos amigos
que o tempo separou.
Em frente, em fila
seguem as formigas.
Impossível parar.
Metáforas da vida talvez...
Uma a uma, lentamente
assistem, sobre o muro frágil
ao antigo ritual das despedidas.
Lá dentro agora
soluços, prantos comedidos
preces, indagações, pesares.
E o meu amigo dorme
indiferente...
Ao frio, á garoa, aos pássaros
ao pranto, às preces e aos abraços.
Indiferente á dor e à vida
que já foi tão doída.
Seguem as formigas
por sobre o muro...
Em breve anoitece.
Amanhã
não estaremos mais aqui.
Por sobre o velho muro
uma a uma
seguirão as formigas...
Nydia Bonetti

As formigas levavam-na... Chovia...
Era o fim... Triste Outono fumarento...
Perto, uma fonte, em suave movimento,
Cantigas de água trêmula carpia.
Quando eu a conheci, ela trazia
Na voz um triste e doloroso acento.
Era a, cigarra de maior talento,
Mais cantadeira desta freguesia.
Passa o cortejo entre árvores amigas...
Que tristeza nas folhas.., que tristeza
Que alegria nos olhos das formigas!
Pobre cigarra! quando te levavam,
Enquanto te chorava a Natureza,
Tuas irmãs e tua mãe cantavam...
(Olegário Mariano)
.
Havia aveia na cozinha
Nel e suas formigas
vermelhas
mantinham a linha:
só comiam açúcar
e viravam poema
Clauky Saba

Tem coisas que só os grilos sabem cantar
Coisas antigas, como velhas canções de ninar
Mas, nem todo grilo sabe cantar ou dizer o que sente
As formigas sabem cantar, mas, precisam trabalhar
Além do mais, ninguém gosta de ouvir formiga cantarolar
Mas, não é bem assim que acontece com os grilos
Os grilos não arrastam folhas, eles nasceram popstars
São celebridades, mesmo sem saber cantar!
Ney Gomes.
.
"Para uma formiga, um vaso d'água é um oceano."
Provérbio hindu
.

as formigas não choram
quando morrem:
se transformam
em traços dourados
na areia
Nel Meirelles