segunda-feira, 2 de abril de 2012

As formigas





















Cautelosas e prudentes,

O caminho atravessando,

As formigas diligentes

Vão andando, vão andando…



Marcham em filas cerradas;

Não se separam; espiam

De um lado e de outro, assustadas,

E das pedras se desviam.



Entre os calhaus vão abrindo

Caminho estreito e seguro,

Aqui, ladeiras subindo,

Acolá, galgando um muro.



Esta carrega a migalha;

Outra, com passo discreto,

Leva um pedaço de palha;

Outra, uma pata de inseto.



Carrega cada formiga

Aquilo que achou na estrada;

E nenhuma se fatiga,

Nenhuma para cansada.



Vede! enquanto negligentes

Estão as cigarras cantando,

Vão as formigas prudentes

Trabalhando e armazenando.



Também quando chega o frio,

E todo o fruto consome,

A formiga, que no estio

Trabalha, não sofre fome…



Recorde-vos todo o dia

Das lições da Natureza:

O trabalho e a economia

São as bases da riqueza



Cautelosas e prudentes,

O caminho atravessando,

As formigas diligentes

Vão andando, vão andando…



Marcham em filas cerradas;

Não se separam; espiam

De um lado e de outro, assustadas,

E das pedras se desviam.



Entre os calhaus vão abrindo

Caminho estreito e seguro,

Aqui, ladeiras subindo,

Acolá, galgando um muro.



Esta carrega a migalha;

Outra, com passo discreto,

Leva um pedaço de palha;

Outra, uma pata de inseto.



Carrega cada formiga

Aquilo que achou na estrada;

E nenhuma se fatiga,

Nenhuma para cansada.



Vede! enquanto negligentes

Estão as cigarras cantando,

Vão as formigas prudentes

Trabalhando e armazenando.



Também quando chega o frio,

E todo o fruto consome,

A formiga, que no estio

Trabalha, não sofre fome…



Recorde-vos todo o dia

Das lições da Natureza:

O trabalho e a economia

São as bases da riqueza.

Olavo Bilac

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